6º Ano B

Vamos começar nossas atividades?

Leia o trecho da música e depois a escute para poder responder as questões:

O que é, o que é?

[...]
Viver e não ter a vergonha de ser feliz,
Cantar, e cantar, e cantar
A beleza de ser um eterno aprendiz (ai meu Deus).
Eu sei que a vida devia ser bem melhor e será,
Mas isso não impede que eu repita:
É bonita, é bonita e é bonita.
[...]
Somos nós que fazemos a vida.
Como der, ou puder, ou quiser...
Sempre desejada, por mais que esteja errada.
Ninguém quer a morte,
Só saúde e sorte,
E a pergunta roda, e a cabeça agita.
[...]


Trocando Ideias!

Clique aqui para responder as questões!




Drogas: essa viagem tem volta!
Os textos abaixo são depoimentos de jovens que se envolvem com as drogas.

- Depoimento 1:


Acontece coisas na vida da gente que nos marcam para sempre. A morte de meu pai foi uma dessas. Meu pai morreu quando eu tinha 12 anos. Toda minha família ficou muito chocada, afinal, meu pai tinha apenas 40 anos. Eu era o filho mais velho e o único homem.
Não sei se por ser o único homem ou por ter encontrado meu pai naquele terrível dia, toda a minha família e meus parentes me encheram de mimos e presentes. Tinha tudo o que queria, mas nada supria a falta de carinho do meu pai, nada apagava a imagem dele.
Foi nessa época que um amigo, se é que pode dizer amigo, me falou que toda essa dor que eu sentia podia acabar e me deu o primeiro “baseado” (cigarro de maconha).
No início, só a maconha era suficiente. Com o tempo fui necessitando cada vez mais de drogas pesadas. O meu refúgio e o meu erro foram as drogas. Hoje tenho 23 anos, fiquei 2 anos preso, desestruturei minha família. Eu ficava tão doido em casa e levava tanta gente estranha para lá que minha mãe tirou minhas irmãs de casa e levou para morar com minha avó, lá eu era proibido de entrar.
Como drogado só tive falsas ilusões, parei de estudar, não tenho emprego hoje. Moro em uma cidade do interior onde as pessoas sabem o que eu fiz, e me discriminam. O drogado precisa de ajuda, mas não procura. Eu só aceitei quando fui parar no hospital muito machucado. Me disseram que eu pulei do coreto da praça, achando que estava em uma piscina. Vi minha mãe chorando mais que no dia do enterro do meu pai e aí entendi que eu não estava só me destruindo, estava matando minha mãe aos poucos.

(Augusto, paciente em tratamento)


- Depoimento 2:


Eu era a melhor aluna do colégio, o orgulho dos meus pais. O meu pai vivia dizendo que eu era a sua princesa. Ele bebia, mas era muito carinho. Chegava em casa totalmente alcoolizado e ia dormir. No outro dia, não agüentava sair para trabalhar até que era dispensado do serviço, e ficava assim, um tempão desempregado. Quando minha mãe falava para ele procurar ajuda, ele dizia que não precisava, que ele só queria esquecer a tristeza de não ter um emprego decente.
Um dia minha mãe cansou de lutar sozinha e se separou dele. Não aceitei a separação de meus pais e fiquei contra minha mãe. Briguei tanto com ela que resolvi ir morar com meu pai. Foi aí que eu me encontrei com as drogas. O meu pai vivia alcoolizado e não percebia o que estava acontecendo comigo. O meu rendimento na escola caiu tanto que minha mãe foi chamada. Quando ela me viu, não acreditou. Eu estava totalmente drogada dentro da escola. Ela me obrigou a voltar para casa e me separar da turma que eu andava. Me mudou de escola. E nada disso adiantou. Onde eu ia eu encontrava com alguém para me passar droga.
Minha mãe sempre foi uma mulher valente porque a vida tinha sido dura com ela. Para nos poupar ela pouco conversava com os filhos. O que eu mais sinto falta até hoje é de ver em minha mãe uma amiga que eu tivesse liberdade para falar sobre os meus problemas, minhas dúvidas. Não culpo minha mãe, nem mesmo meu pai por eu ter entrado nessa. Entrei por que quis. O único problema é que sair é mais difícil.
Agradeço de coração ao meu irmão de apenas 17 anos que, vendo o meu desespero quando meu melhor amigo morreu de “overdose”, me ajudou a procurar e aceitar ajuda em uma clínica para drogados.
Hoje, com 21 anos, não sou nem sombra do que eu sonhei ser.

(Vera Lúcia, paciente em tratamento)






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